Deslizo as minhas mãos entre os lençóis,
Tristemente a buscar sua alma vazia…
Lembra-me teus olhos – belos sóis
Nos quais eu, ébrio, me embebia…
Ah!… Tuas alegrias eram faróis
Cortando o mar da vil melancolia…
Tu, se assim te vais, no seio me destróis,
Eternamente, a aurora que me guia!…
Tristes prantos febris fazem arder
Os meus olhos exaustos… Irás ver,
Talvez em sonho, o peso do meu luto!
Constelações inteiras caíram mortas…
E eu apenas fui bater às frias portas,
Atrás da tua voz que não mais escuto!