Batendo nas soturnas grades frias
Da luta agônica fatal, a Vida,
A dissolver-se nas alegorias
Do Nada, pela Morte era vencida!
Mãos torturadas, tais abstrusas crias,
Semelhavam o horror da Ideia Incriada!
No obscuro devir das filosofias,
Jazia, in utero, a criança estraçalhada!
Escute! Num lampejo sanguinário,
Choram as sepulturas do estelário
Sombrio – um milhão de almas abortadas,
Das quais ninguém escuta o último grito…
É a geena fulmínea d’um estrito
Despontar das dores arrebatadas!