Sozinho

Noite Dia

Deslizo as minhas mãos entre os lençóis, 

Tristemente a buscar sua alma vazia… 

Lembra-me teus olhos – belos sóis 

Nos quais eu, ébrio, me embebia… 

 

Ah!… Tuas alegrias eram faróis 

Cortando o mar da vil melancolia… 

Tu, se assim te vais, no seio me destróis, 

Eternamente, a aurora que me guia!… 

 

Tristes prantos febris fazem arder 

Os meus olhos exaustos… Irás ver, 

Talvez em sonho, o peso do meu luto! 

 

Constelações inteiras caíram mortas… 

E eu apenas fui bater às frias portas, 

Atrás da tua voz que não mais escuto! 

 

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